segunda-feira, 25 de abril de 2016

Pensando a Arteterapia. Não palavra - Rio de Janeiro: Batman & Superman - O Arquétipo do Herói nas HQs.

Pensando a Arteterapia. Não palavra - Rio de Janeiro: Batman & Superman - O Arquétipo do Herói nas HQs.: O texto exposto hoje no Blog Não Palavra fará uma pequena saída de sua temática principal, a Arteterapia, convidando todos para a leitura d...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Processamento Auditivo Central


PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL
O QUE É O PROCESSAMENTO AUDITIVO?

É o processo de decodificação das ondas sonoras desde a orelha externa até o córtex cerebral, ou seja, a capacidade de analisar, associar e interpretar as informações sonoras que nos chegam pelo sentido da audição.
O processamento auditivo refere-se à percepção auditiva percebida pelo sentido auditivo. É desenvolvido nos primeiros anos de vida, portanto a partir da experienciação com o mundo sonoro, desse modo é que "aprendemos a ouvir".

Os sub-processos, segundo Boothroyd (1986) do processamento auditivo são:

1. Atenção seletiva - Capacidade de monitorar um determinado estímulo auditivo, mesmo que a atenção primária esteja voltada para outra atividade. Por exemplo, responder a uma pergunta quando está andando de bicicleta. Reagir a um determinado estímulo auditivo significativo e ignorar o ruído de fundo, por exemplo, conversar com um grupo de pessoas em um restaurante.

2. Detecção do som - Identificar a presença do som. Junto à detecção do som ocorre a sensação sonora, que é própria de cada indivíduo, é a partir dessa sensação que podemos dizer, por exemplo, se um som é alto ou baixo.

3. Discriminação - É o processo de detectar diferenças entre os padrões de estímulos sonoros, por exemplo, detectar diferenças mínimas de freqüência (agudo "fininho" ou grave "grosso), intensidade (alto ou baixo), tempo e duração (longo ou curto) de um som.

4. Localização - Significa saber o local de origem do som. Requisitos: detectar o som em ambas orelhas e perceber diferenças de intensidade.

5. Reconhecimento - É a identificação correta de algum som, considerado um comportamento prendido. Por exemplo, reconhecer a voz da própria mãe, som de um avião, de um ônibus, etc.

6. Compreensão - É compreender o significado da informação auditiva, por exemplo, dar uma ordem para a criança e ela corresponder corretamente. Por exemplo, mostre o pé, a criança mostra o pé.

7. Memória - Processo que permite arquivar as informações. O desenvolvimento desses sub-processos, chamados de habilidades auditivas ocorre nos primeiros anos de vida que dependem da interação destas habilidades inatas e das experiências da criança no seu ambiente acústico (sonoro).

Disfunção do Processamento Auditivo Central
· É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas, mesmo com audição normal, é totalmente diferente de perda auditiva. Em geral encontra-se associado a dificuldades de aprendizagem.

. A criança pode ter uma audição normal e ter dificuldade para compreender bem o que é falado.



  • Etiologia do PAC
    · Fatores hereditários
    · Problemas no SNC massa cinzenta ( córtex ) = causa efeito direto da função auditiva; substância branca ( tronco cerebral ) = causa interferência na transmissão sonora .
    · Crises de OM (otite média) na primeira infância - Otites freqüentes durante os 3 (três) primeiros anos de vida (Processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até mesmo refluxo gastro-faríngeo estão comumente associados).
    · Permanência em UTI-Neonatal por mais de 48 horas.
    · Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.


  • A CRIANÇA PODE APRESENTAR DPAC SE DEMONSTRAR ALGUMAS DESTAS MANIFESTAÇÕES:
    - Apresenta dificuldade em manter atenção aos sons; crianças desatentas (atenção reduzida);


  • - Dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita;


  • - Dificuldade em compreender o que lê; não relacionam a informação auditiva com a visual;


  • - Necessidade de ser chamado várias vezes ("parece" não escutar);


  • - Solicita com freqüência a repetição das informações: Ah? O quê?


  • - Dificuldade em entender expressões com duplo sentido ou piadas ou idéias abstratas;


  • - Dificuldade ao dar um recado ou contar uma história;


  • - Problemas de memória para nomes, datas, números e etc.


  • - Dificuldade em acompanhar uma conversa, aula ou palestra com outras pessoas falando ao mesmo tempo.- Problemas de fala (troca /L/R/S/E/CH/)


  • - Dificuldade em localizar a origem dos sons.


  • - Dificuldades escolares (matemática e português);


  • - Dificuldades para aprender a ler e a escrever;


  • - Escrevem em "espelho" ou trocam as letras;


  • - Letra "feia";


  • - Problemas de memória, geralmente memória em seqüência;


  • - Muito agitadas ou muito quietas;


  • - Dificuldades de relacionamento com crianças da mesma faixa etária.


  • COMO PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR?

Antes de começar a falar, chame, olhe ou toque a criança e garanta que ela está olhando para você;
Fale mais alto, sem gritar, olhando para a criança de frente;
Fale pausado, mais articulado;
Repita a ordem várias vezes garantam que a criança entendeu aquilo que foi solicitado pedindo a ela para repetir;
Use frases mais curtas;
Adicione palavras diferentes à fala da criança, para que ela possa ampliar o vocabulário;
No início, diminua os barulhos da casa (desligar o rádio ou a TV). Local de estudos sem distrações auditivas e visuais. Em sala de aula (pedir silêncio, fechar as janelas quando possível), enquanto se fala com a criança;
Melhorar a acústica da sala de aula em nível de ruído aumentando a clareza da fala. A posição da criança em sala de aula: evitar sala com divisórias não acústicas (tipo eucatex); sentar a criança longe do corredor ; do ruído da rua; e não mais do que 3 metros do professor.
Fazer intervalos mais freqüentes e ajuda individual
Entrada visual simultânea a mensagem auditiva podem ajudar na memorização;
Lista do vocabulário chave: escrever na lousa palavras-chave do novo material e as instruções (a criança com PAC necessita de anotações organizadas e lembretes);
Preparar a criança anteriormente com novos conceitos e vocabulários que serão utilizados em sala de aula. Vocabulário e mensagem controlados em termos de complexidade e extensão
Monitorar a compreensão e o progresso da criança. Avaliação da compreensão: perguntas relativas a matéria devem ser feitas periodicamente, avaliando sua compreensão.


ORIENTAÇÕES GERAIS:


Criar situações de comunicação com seu filho de pelo menos 30 minutos diários;
Contar histórias, cantar músicas, perguntar sobre as atividades do dia.
Na presença da disfunção do processamento auditivo central, incluir na conversação diária um treino de compreensão de linguagem no silêncio e no ruído, com a leitura de histórias com duração de 15 minutos.

Esteja atento, observe sua criança!




ALGUNS FATORES QUE PODEM DIFICULTAR A APRENDIZAGEM



VISUAIS: a criança aperta ou arregala os olhos para enxergar melhor, senta muito próximo à TV, coça muito as vistas, reclama freqüentemente de dores de cabeça, está sempre com remela nos olhos ou com vermelhidão.
Possíveis causas: perda de acuidade visual (necessidade de óculos), traumatismo nas vistas, queda, pancada, produtos químicos, alergias.
Sem enxergar direito, a criança perde o estímulo para estudar. Pode ficar agitada, inquieta, irritada e até agressiva. É necessário levar ao Oftalmologista para diagnóstico e providências (uso de óculos ou medicação).

AUDITIVAS: a criança pergunta a toda hora o que acabou de ser dito, ouve TV ou rádio muito alto, fala alto, observa com freqüência a boca da pessoa que está falando com ela, não se perturba com sons vindos de trás, coça as orelhas e enfia os dedinhos nos ouvidos, como se estivesse limpando, pode ter dores de ouvido ou de cabeça.
Possíveis causas: excesso de cera nos ouvidos, otites não curadas ou outras doenças, constante entupimento das vias aéreas, traumatismos, perfuração dos tímpanos por objetos introduzidos nos ouvidos ou por medicação.
Sem escutar direito a criança fica irrequieta, agitada, agressiva e desatenta. Não consegue acompanhar a aula, pois perde muito do que é dito nela ou entende mal. É necessário levar ao Otorrinolaringologista para avaliação e providências.

OLFATIVAS: a criança vive com as narinas entupidas ou escorrendo corisa, está quase sempre gripada ou em processo alérgico, sente dores de cabeça, na garganta e nos seios da face, a respiração é ofegante e difícil.
Possíveis causas: gripe, resfriado, bronquite, alergia respiratória (em geral, causada por poeira, mofo ou ácaro), sinusite causada por produtos químicos (em geral, material de limpeza caseira) ou por medicamentos.
Sem respirar direito, a criança se torna desatenta, irratada e acaba se distanciando do contexto da aula. É preciso levar a criança ao Otorrinolaringologista para avaliação, providências e possível encaminhamento para tratamento alérgico.

MOTORAS: a criança segura incorretamente lápis e caneta, ficando com dores nas articulações e nos tendões. Com dores, a criança não consegue acompanhar o ritmo das aulas. É preciso orientá-la para a maneira correta de posicionamento dos materiais, treiná-la para esse fim e levar ao Ortopedista, se houver luxação ou inchaço, para tratamento medicamentoso ou encaminhamento (fisioterapia).

COGNITIVOS: transtornos de desenvolvimento, esquecimento, confusão mental, hiperatividade, déficit de atenção, retardo mental leve.
Possíveis causas: traumatismos pré-natal, durante o parto ou após o nascimento, convulsões, medicação, falta ou excesso de oxigênio, patologias genéticas. A criança precisa ser levada ao Neurologista. SOMENTE UM NEUROLOGISTA PODE DAR UM LAUDO REFERENTE ÀS QUESTÕES COGNITIVAS, como hiperatividade, por exemplo.

LINGUAGEM:
a criança com dificuldade ou atraso na linguagem possivelmente terá dificuldade de aprendizagem também, uma vez que a linguagem está intrinsecamente relacionada ao pensamento lógico e à cognição. Sem poder fazer uso da linguagem em sua comunicação, a criança se isola das demais, torna-se agitada e agressiva ou apática. É preciso levar a um Fonoaudiólogo para avaliação e acompanhamento.

Os dez mandamentos para pais e mestres


1 ° - Não digas para uma criança: Não faças isto sem lhe dares outra coisa para fazer;
2° - Não digas que uma coisa é má, apenas porque te aborrece;
3° - Não fales das crianças em sua presença, nem pensem que elas não escutam, não observam, nem compreendem;
4° - Não interrompas o que uma criança está fazendo, sem avisa-la previamente;
5° - Não manifestes inquietação quando a criança cai, ou não quer comer, etc..., faze o que for necessário, sem te agitares, nem te alarmares;
6° - Não demonstre amor à criança, acariciando-a constantemente, faze-o ocupando-te de seus interesses;
7° - Não leves uma criança a passeio, vá passear com ela;
8° - Não faça sermões morais à criança pequena;
9° - Não faltes às tuas promessas, nem prometas o que não podes fazer;
10° - Não mintas a uma criança.